04/11/2006



AS BRONCAS CONTINUAM!

O Compadrio chegou às SCUTT?
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Governo esconde o gato mas deixa o rabo de fora!
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Onde está a transparência tão apregoada pelo Partido Socialista (enquanto oposição) e pelo Governo que actualmente sustenta?
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A reviravolta espectacular do Governo (não acompanhada por alguns destacados elementos do Partido Socialista - Haja DEUS!) no dossier "SCUTT", vislumbrava alguma trapalhada nas Hostes Governamentais, sob a égide da Santa Contenção da Despesa Pública.
Eis que, repentinamente, num abrir e fechar de olhos, os nossos iluminados governantes, chegaram à conclusão que determinadas zonas do país, em apenas ano e meio, atingiram um patamar de desenvolvimento tal, que já não justifica a continuação da isenção de pagamento de portagens pela utilização das auto-estradas que as servem.
Afinal, o país vai de vento em popa! Ou será que pontualmente, para alguns, convém que seja assim?
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Mas o pior, eventualmente, é o que apareceu nos últimos dias nos Jornais e que denota, no mínimo, alguma falta de transparência (aquela de que tanto falaram no passado). Para defesa da tão badalada reviravolta, o Governo teria encomendado estudos a uma empresa exterior ao Ministério das Obras Públicas, por forma a defender-se de eventuais críticas. Desta forma ardilosa, o Governo lavaria as mãos, passando a responsabilidade, pelos critérios utilizados, para a empresa que efectuou os estudos e que serviram de base à sua tomada de decisão.
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Embora discutível politicamente, tudo parece bem até aqui. A embrulhada surge no momento em que se soube que um dos fundadores e principais sócios da empresa responsável pelos estudos transitara directamente desta para o gabinete do Secretário de Estado das Obras Públicas, obviamente, por obra e graça de alguém.
Paralelalmente, chega à praça pública a notícia de que os estudos haviam sido adjudicados sem concurso, recorrendo ao expediente de fazer a encomenda através do IEP - Instituto de Estradas de Portugal.
Com esta forma de fazer política vamos continuar a cimentar e a aprofundar o foço entre os políticos e os cidadãos e a abrir caminho, a curto ou médio prazo, a profundas desinteligências no seio da sociedade portuguesa.
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Urge, por conseguinte que os responsáveis governamentais respondam a todas as questões inerentes a este nebuloso processo, para que tudo se torne mais claro aos olhos dos portugueses.
A terminar, faço minha e suponho que todos os portugueses idóneos o farão, a pergunta colocada num dos órgãos da imprensa escrita deste fim-de-semana - "Ao recorrer a propósito disto e daquilo a empresas de estudos, o Governo não estará apenas a tentar cobrir as decisões com uma capa de seriedade, ao mesmo tempo que dá trabalho a amigos e conhecidos?"
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Aguardemos as explicações dos responsáveis...