11/10/2006


Espreitando o Jornal PÚBLICO





"Estudo do MAI propõe extinção das brigadas de Trânsito e Fiscal 10.10.2006 - José Bento Amaro PÚBLICO "



Comentário do Abade:
"Esta notícia não me surpreende. Estudos e levantamentos da situação já não são actos originais, isto é, têm vindo a decorrer, sempre que a conjuntura o justifica ou as políticas a tal obrigam. O que me causa alguns arrepios e alguma admiração é que avancem com planos ou esquemas de reestruturação, sugeridos por quem quer que seja, sem que, eventualmente, se meçam os custos de transição – financeiros, sociais, culturais e sobretudo os operacionais. Não caiam na tentação de cortar, anexar, eliminar ou criar, baseando-se unicamente em modelos teóricos, sem atender às realidades e especificidades do território, das populações e das dinâmicas socioculturais.

É imprescindível que se proceda a alterações organizacionais, que acompanhem a evolução das realidades e se entrecruzem com as expectativas legítimas das populações. Todavia, é sempre de recear que se opte por caminhos tortuosos, ao arrepio, direi até involuntário, das razões essenciais, e mais uma vez se coloquem os factores financeiros ou os famigerados deficits, como justificação primeira das alterações a levar a efeito, daí podendo resultar, na ânsia do corta/corta, uma estrutura amorfa e histerectomizada, sem capacidade operacional.

É urgente que se faça alguma coisa, mas com pés e cabeça, que tenha em atenção os custos inerentes, incluindo, obviamente, os financeiros, mas, sobretudo, que possa responder eficazmente às preocupações e expectativas dos cidadãos. "

08/10/2006
















"Poupar na Farinha e gastar no Farelo"

Pois é, meus amigos. Pagar os sacos de plástico não me provoca admiração. O que me provoca admiração é que cada um de nós faça publicidade às marcas e estas ainda cobrem uns cêntimos, a quem necessite de uns quantos sacos, para transportar o que acabou de comprar.

As cadeias de supermercados Lidl e Minipreço são exemplo do que acabo de dizer. Vendem sacos a quem precisar (todos nós - porque ninguém vai levar o que comprou nos bolsos e nem sempre está disponível uma ou outra caixa de cartão), e ainda por cima com publicidade à própria marca.

Se não querem oferecer sacos para as compras, como fazem outras cadeias de supermercados de referência, vendam-nos, mas sem publicidade. Sejam sérios e não levem, porventura, os consumidores a poupar na farinha e a gastar muito mais no farelo.

Voltarei a este tema mais tarde, para uma eventual análise jurídica sobre a regularidade ou irregularidade deste tipo de publicidade, em que o público consumidor colabora quase sem se aperceber.