As notícias sobre ambiente, num conceito alargado, publicadas nas páginas de jornais como a Ilustração Portuguesa ou o Expresso, têm a partir desta semana uma nova casa, em http://ecoline.ics.ul.pt.
23/12/2006
As notícias sobre ambiente, num conceito alargado, publicadas nas páginas de jornais como a Ilustração Portuguesa ou o Expresso, têm a partir desta semana uma nova casa, em http://ecoline.ics.ul.pt.
26/11/2006
NECRÓPOLE MEDIEVAL DO OITEIRO DA IGREJA
SALVADOR DO MONTE
AMARANTE
ATENÇÃO
DA
CÂMARA MUNICIPAL
16/11/2006
Às horas de ponta marcam presença em diversos pontos da cidade, para atrapanhar e congestionar mais o trânsito, já de si caótico e indisciplinado. Sobem passeios, estacionam em segunda fila, descarregam em curvas e paragens de autocarros. Enfim, não importa quantos estão atrás. O remédio é esperar que suas excelências entreguem as mercadorias aos clientes e pachorentamente cheguem ao fim da rua.
Não é por falta de legislação que as coisas não funcionam. Falta, sobretudo, civismo a quem tem responsabilidades neste sector de actividade (empresas transportadoras e fornecedoras) e capacidade de actuação a quem tem responsabilidades na regulação e fiscalização desta área, presumo que a Câmara Municipal de Lisboa.
Não se pode admitir que esta actividade continue a processar-se, em horários de maior fluxo de trânsito, com manifesto prejuízo para todos quantos se dirigem para os seus empregos, cujo dever de bem cumprir e sentido de responsabilidade, não pode ser comprometido, a cada passo, por uns quantos que teimam em manter um sistema de distribuição, há muito banido nos restantes países europeus.
Pois é! Levantem o cuzinho mais cedo da cama e façam as descargas em período nocturno.
E quem recebe a mercadoria deve criar condições de recepção que permitam a quem fornece deixar a mercadoria a horas de menor fluxo de trânsito, em tempo oportuno e com segurança.
Meus amigos, lá fora é assim!
Do que é que estão à espera?
09/11/2006
6
CARTA ABERTA AO ENGENHEIRO
JOSÉ SÓCRATES
Esta é a terceira carta que lhe dirijo. As duas primeiras motivadas por um convite que formulou mas não honrou, ficaram descortesmente sem resposta. A forma escolhida para a presente é obviamente retórica e assenta NUM DIREITO QUE O SENHOR AINDA NÃO ELIMINOU: o de manifestar publicamente indignação perante a mentira e as opções injustas e erradas da governação.
Por acção e omissão, o Senhor deu uma boa achega à ideia, que ultimamente ganhou forma na sociedade portuguesa, segundo a qual os funcionários públicos seriam os responsáveis primeiros pelo descalabro das contas do Estado e pelos malefícios da nossa economia. Sendo a administração pública a própria imagem do Estado junto do cidadão comum, é quase masoquista o seu comportamento.
Desminta, se puder, o que passo a afirmar:
1.º Do Statics in Focus n.º 41/2004, produzido pelo departamento oficial de estatísticas da União Europeia, retira-se que a despesa portuguesa com os salários e benefícios sociais dos funcionários públicos é inferior à mesma despesa média dos restantes países da Zona Euro.
2.º Outra publicação da Comissão Europeia, L´Emploi en Europe 2003, permite comparar a percentagem dos empregados do Estado em relação à totalidade dos empregados de cada país da Europa dos 12. E o que vemos? Que em média nessa Europa 25,6 por cento dos empregados são empregados do Estado, enquanto em Portugal essa percentagem é de apenas 18 por cento. Ou seja, a mais baixa dos 12 países, com excepção da Espanha.
As ricas Dinamarca e Suécia têm quase o dobro, respectivamente 32 e 32,6 por cento. Se fosse directa a relação entre o peso da administração pública e o défice, como estaria o défice destes dois países?
3º. Um dos slogans mais usados é do peso das despesas da saúde. A insuspeita OCDE diz que na Europa dos 15 o gasto médio por habitante é de 1458. Em Portugal esse gasto é . 758. Todos os restantes países, com excepção da Grécia, gastam mais que nós. A França 2730, a Austria 2139, a Irlanda 1688, a Finlândia 1539, a Dinamarca 1799, etc.
Com o anterior não pretendo dizer que a administração pública é um poço de virtudes. Não é. Presta serviços que não justificam o dinheiro que consome. Particularmente na saúde, na educação e na justiça. É um santuário de burocracia, de ineficiência e de ineficácia. Mas infelizmente os mesmos paradigmas são transferíveis para o sector privado. Donde a questão não reside no maniqueísmo em que o Senhor e o seu ministro das Finanças caíram, lançando um perigoso anátema sobre o funcionalismo público. A questão reside em corrigir o que está mal, seja público, seja privado. A questão reside em fazer escolhas acertadas. O Senhor optou pelas piores. De entre muitas razões que o espaço não permite, deixe-me que lhe aponte duas:
1.º Sobre o sistema de reformas dos funcionários públicos têm-se dito barbaridades . Como é sabido, a taxa social sobre os salários cifra-se em 34,75 por cento (11 por cento pagos pelo trabalhador, 23,75 por cento pagos pelo patrão ).
OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS PAGAM OS SEUS 11 POR CENTO!.
Mas O SEU PATRÃO ESTADO NÃO ENTREGA MENSALMENTE À CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES, COMO LHE COMPETIA E EXIGE AOS DEMAIS EMPREGADORES, os seus 23,75 por cento.
E é assim que as "transferências" orçamentais assumem perante a opinião pública não esclarecida o odioso de serem formas de sugar os dinheiros públicos.
Por outro lado, todos os funcionários públicos que entraram ao serviço em Setembro de 1993 já verão a sua reforma ser calculada segundo os critérios aplicados aos restantes portugueses. Estamos a falar de quase metade dos activos. E o sistema estabilizará nessa base em pouco mais de uma década.
Mas o seu pior erro, Senhor Engenheiro, foi ter escolhido para artífice das iniquidades que subjazem á sua política o ministro Campos e Cunha, que não teve pruridos políticos, morais ou éticos por acumular aos seus 7.000 Euros de salário, os 8.000 de uma reforma conseguida aos 49 anos de idade e com 6 anos de serviço. E com a agravante de a obscena decisão legal que a suporta ter origem numa proposta de um colégio de que o próprio fazia parte.2.º Quando escolheu aumentar os impostos, viu o défice e ignorou a economia. Foi ao arrepio do que se passa na Europa. A Finlândia dos seus encantos, baixou-os em 4 pontos percentuais, a Suécia em 3,3 e a Alemanha em 3,2.
3º Por outro lado, fala em austeridade de cátedra, e é apologista juntamente com o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, da implosão de uma torre ( Prédio Coutinho ) onde vivem mais de 300 pessoas. Quanto vão custar essas indemnizações, mais a indemnização milionária que pede o arquitecto que a construiu, além do derrube em si?
4º Por que não defende V. Exa a mesma implosão de uma outra torre, na Covilhã ( ver ' Correio da Manhã ' de 17/10/2005 ) , em tempos defendida pela Câmara, e que agora já não vai abaixo? Será porque o autor do projecto é o Arquitecto Fernando Pinto de Sousa, por acaso pai do Senhor Engenheiro, Primeiro Ministro deste país?
· Por que não optou por cobrar os 3,2 mil milhões de Euros que as empresas privadas devem à Segurança Social ?· Por que não pôs em prática um plano para fazer a execução das dívidas fiscais pendentes nos tribunais Tributários e que somam 20 mil milhões de Euros ?
· Por que não actuou do lado dos benefícios fiscais que em 2004 significaram 1.000 milhões de Euros ?
· Por que não modificou o quadro legal que permite aos bancos, que duplicaram lucros em época recessiva, pagar apenas 13 por cento de impostos ?
· Por que não renovou a famigerada Reserva Fiscal de Investimento que permitiu à PT não pagar impostos pelos prejuízos que teve no Brasil, o que, por junto, representará cerca de 6.500 milhões de Euros de receita perdida ?
A Verdade e a Coragem foram atributos que Vossa Excelência invocou para se diferenciar dos seus opositores.
QUANDO SUBIU OS IMPOSTOS, QUE PERANTE MILHÕES DE PORTUGUESES GARANTIU QUE NÃO SUBIRIA,
FICÁMOS TODOS ESCLARECIDOS SOBRE A SUA VERDADE.
QUANDO ELEGEU OS DESEMPREGADOS , OS REFORMADOS E OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS COMO PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE COMBATE AO DÉFICE,
PERCEBEMOS DE QUE TEOR É A SUA CORAGEM
Santana Castilho (Professor Ensino Superior)
04/11/2006
24/10/2006
"Governo simula processo negocial
da Administração Pública a verdadeiras situações de absoluto desespero.
sequer a hipótese de apresentação de contrapropostas pelos sindicatos, não resta aos trabalhadores outra hipótese senão a de demonstrarem de forma mais concisa o seu cada vez maior descontentamento.
18/10/2006
"Estão mexendo nos nossos bolsos!
Aumento de 15,7% das tarifas da Electricidade?"
Secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação perde a lucidez e declara que - "a culpa" do aumento de 15,7 por cento da electricidade para os consumidores domésticos em 2007 é do consumidor, porque esteve vários anos a pagar menos do que devia.
Começa a adivinhar-se para onde caminha este país!
"OH CAVACO OLHÁ CORRUPÇÃO DE ESTADO!!!"
O anúncio de aumento da electricidade é altamente gravoso para o povo, nada que preocupe o Governo PS.
O anunciado aumento da electricidade não é o que parece, nem o que o presidente da ERSE Jorge Vasconcelos diz, na qualidade de funcionário do Governo PS.
O Governo PS anunciou que pretende privatizar em 2007, cerca de 20% da REN e parte substancial da EDP. Já tinham tentado vender em 2006, mas os espanhóis disseram que só compravam se o Governo aumentasse prévia e substancialmente o preço da electricidade, já uma das mais caras da Europa.
A EDP em 2005 apresentou os maiores lucros de sempre, ou seja, 910 milhões de euros (mais de cento e oitenta milhões de contos) e distribuiu os maiores dividendos da sua história, sob a batuta do Talone, ex-BCP, que foi corrido por não alinhar…
Pina Moura, ex-comunista, ex-ministro de Guterres, ex-tudo, devido à sua grande e reconhecida experiência empresarial, foi contratado pela espanhola Iberdrola Portugal, para ser seu presidente, empresa interessada na compra da EDP.
Pina Moura despudoradamente e com o apoio dos líderes do PS, manteve o "tacho" de deputado, não pelo "graveto" que para ele são trocos, mas para servir a Nação, mantendo um relacionamento e influência de que necessita, para servir a quem lhe paga.
Vai daí o Governo, respondendo aos interesses estrangeiros, e duma entidade fantoche, a ERSE, anunciou um aumentozeco de 15,7% para os consumidores mais pobres, alegando a nova legislação liberalizadora, o aumento do preço do petróleo, inflação e energias renováveis. Perceberam?
Oh Cavaco, como é que é possível o Pina Moura, depois de ministro passar a presidente da espanhola Iberdrola e manter-se como deputado? Faz qualquer coisa que o PS está enredado e revela-se incapaz. Mete-os na ordem e manda lá o Pinto Monteiro investigar isto, quem defende os interesses de quem?
Quem defende os interesses de Portugal e dos portugueses?
É só a subir.
2006-10-17 – Correio da Manhã
Conta da luz sobe 15,7%
As famílias portuguesas vão pagar mais 15,7 por cento na factura da electricidade a partir de 1 de Janeiro de 2007.
Esta actualização dos preços deve-se, segundo a ERSE, a três ordens de razão: o aumento das tarifas de energia eléctrica limitado à taxa de inflação, a subida do preço do petróleo e a alteração legislativa do regime especial das energias renováveis.
11/10/2006
É imprescindível que se proceda a alterações organizacionais, que acompanhem a evolução das realidades e se entrecruzem com as expectativas legítimas das populações. Todavia, é sempre de recear que se opte por caminhos tortuosos, ao arrepio, direi até involuntário, das razões essenciais, e mais uma vez se coloquem os factores financeiros ou os famigerados deficits, como justificação primeira das alterações a levar a efeito, daí podendo resultar, na ânsia do corta/corta, uma estrutura amorfa e histerectomizada, sem capacidade operacional.
É urgente que se faça alguma coisa, mas com pés e cabeça, que tenha em atenção os custos inerentes, incluindo, obviamente, os financeiros, mas, sobretudo, que possa responder eficazmente às preocupações e expectativas dos cidadãos. "
08/10/2006
"Poupar na Farinha e gastar no Farelo"
Pois é, meus amigos. Pagar os sacos de plástico não me provoca admiração. O que me provoca admiração é que cada um de nós faça publicidade às marcas e estas ainda cobrem uns cêntimos, a quem necessite de uns quantos sacos, para transportar o que acabou de comprar.
As cadeias de supermercados Lidl e Minipreço são exemplo do que acabo de dizer. Vendem sacos a quem precisar (todos nós - porque ninguém vai levar o que comprou nos bolsos e nem sempre está disponível uma ou outra caixa de cartão), e ainda por cima com publicidade à própria marca.
Se não querem oferecer sacos para as compras, como fazem outras cadeias de supermercados de referência, vendam-nos, mas sem publicidade. Sejam sérios e não levem, porventura, os consumidores a poupar na farinha e a gastar muito mais no farelo.
Voltarei a este tema mais tarde, para uma eventual análise jurídica sobre a regularidade ou irregularidade deste tipo de publicidade, em que o público consumidor colabora quase sem se aperceber.
05/10/2006
"Só 1,5% de aumento salarial para a Administração Pública, em 2007?"
"Os Donalds da Administração Pública deste país começam a ficar fartos da obrigação de servir de exemplo ou de contribuir para a eliminação das borradas e verborreias dos políticos iluminados.
Com que direito se impõe à Administração Pública um conjunto de mecanismos reguladores e orientadores da sua actividade, visando uma gestão mais eficiente, eficaz e equilibrada, quando na prática, os decisores e seus apaniguados colaboradores continuam a não abdicar de gastos supérfluos - aquisição de novas viaturas, viagens porventura desnecessárias ou não prioritárias, alterações contínuas do mobiliário dos gabinetes, despesas de representação, reforço constante dos fundos de maneio dos gabinetes, despesas exorbitantes aos fins-de-semana com motoristas e guarda pessoal.
Por outro lado, quem é que engrossou a Administração Pública e continua a engrossar? Os sucessivos governos deste país, com particular expressão, no que toca aos socialistas, que têm uma especial apetência pelo poder e pela ocupação de lugares públicos. As entradas continuam e só não é posta em prática mais uma regularização dos chamados precários(mais conhecida por DL 81-A...) porque a situação é demasiado grave e visível que não dá para entrar pela porta das facilidades. A saída mais transparente e séria, seria o recurso a concurso externo que permitiria que os candidatos não bafejados pelos ares politicopartidários tivessem iguais oportunidades e pudessem concorrer com os gordalhudos da conjuntura."
Os Donalds da Administração Pública
22/09/2006
Efectivamente, é o Ministro da Saúde, Correia de Campos, pouco tempo depois de ter sido acometido do "Sindroma Agudo da Taxa"!
Causas da maleita - crónicodoentios, hipocondríacos, internadodependentes, cirurgicomasoquistas, etc.
Sintomas visíveis - Ar distante, coloração rosada (sinónimo de insegurança), apatia social, perda de bom senso, teimosia, etc.
Efeitos a curto prazo - As intervenções cirúrgicas e os internamentos hospitalares passam a estar sujeitos a requerimento ao Ministro das Finanças, depois de ouvida a Comissão de Análise das Propostas (a criar no âmbito do Ministério da Saúde) sobre o cabimento dos mesmos.
Admirem-se!
Senhor Ministro, já não há pachorra! Não parta do princípio que são todos mausinhos! Não se esqueça que também faz parte desse todo!
"Quem avisa, amigo é"! O Abade não foge ao ditado!
10/09/2006
20/08/2006
Pasmem, meus amigos, a PT, imbuída do mais profundo sentimento de solidariedade social, ofereceu ao jovem pastor Nuno Filipe, um kit da Net Cabo.
Espantosa atitude.
Do site da TVCabo retirámos o pequeno texto que se segue - "Chama-se Nuno Filipe, tem 17 anos, vive em Soutelinho do Mesio, guarda um rebanho de 500 cabras que vão com ele para todo o lado que só larga para ir à escola, e é o protagonista do anúncio Netcabo. Nos intervalos, senta-se ao computador e com a ajuda da Internet viaja para todo o lado. Fala com o irmão que está nos Estados Unidos, troca jpegs, mpegs, mp3 e escreve em blogues. O Nuno continua a ser o único jovem da sua aldeia."
Pois é, através deste elucidativo texto fiquei a saber (isto para quem não ocupa regularmente um lugar à frente de um qualquer televisor) que o Nuno Filipe é o protagonista do anúncio Netcabo da Portugal Telecom.
Inicialmente pensei que os objectivos da PT fossem puramente comerciais. Mas analisando melhor, retirei esta minha preocupação. Afinal que mais valia poderia a Net Cabo vislumbrar num jovem puro e inocente dum recôndito lugarejo? Pensando melhor, o que se pretendeu foi ajudar um jovem solitário preso à sua aldeia a sonhar com um futuro diferente. Bonita iniciativa!
Mas, esperem lá! A Net Cabo voltou a Soutelinho do Mesio para preparar uma Campanha Publicitária em que o protagonista é o próprio Nuno Filipe. Voltaram as minhas dúvidas.
Afinal a PT descobriu um furo e o jovem pastor é a água saciadora da sua sede! Estarei enganado? Talvez! Mas enquanto não voltarem lá e contribuirem desinteressadamente para a melhoria das condições de vida daquela família e região, de uma forma equilibrada, conciliando interesses económicos e comerciais com atitudes sociais e educacionais, as preocupações não se dissiparão.
Afinal de contas, onde param as tão badaladas responsabilidades sociais das empresas? Será que a facturação justifica a utilização de todos os meios, nomeadamente o uso de pessoas mais carentes e incautas a troco de uns míseros kits ou trocos e do acenar de um sonho ali tão perto, à distância de um monitor de TV ou terminal de Internet?
É impressionante verificar até onde vão as estratégias publicitárias!
Uma coisa é certa - "É PRECISO TER LATA!"
15/08/2006
A MONTANHA PODERÁ PARIR UM RATO
O IPJ parece não resistir ao fascínio da política espectáculo. A abertura prevista de mais 36 Lojas Ponto JÁ no território continental, duas em cada distrito, parece configurar uma vontade especial de trilhar os caminhos do espectáculo, cuja única preocupação é o acto em si e não a substância. Para quê abrir mais lojas se nada está feito em matéria de informação sobre áreas transversais à juventude. Será que o intuito é fomentar unicamente espaços de lazer e entretenimento, onde os jovens podem aceder à Internet livremente, como num vulgar Cibercentro? Se é isso, estão no bom caminho. A avaliar pela frequência registada nos espaços existentes, onde a informação disponibilizada é diminuta, resumindo-se às áreas institucionais e os acessos à Internet representam mais de dois terços das pretensões dos jovens utentes, vislumbra-se, mais uma vez, um fracasso monumental. Alguns senhores teimam em apostar na repetição de actos políticos aberrantes das nossas governações recentes. Se os erros do passado não serviram para inverter ou corrigir trajectórias, poder-se-á concluir que continuamos a ser governados por masoquistas e carreiristas da politiquice, cujo único objectivo é a salvaguarda do seu status e correspondentes mordomices. Num país em que a mediocridade é rainha, a política do faz de conta continua a ter seguidores e praticantes fieis. Até quando?