23/12/2006



ECOLINE - Base de dados, feita pelo Observa em parceria com o ISCTE, com imagens, pequenos filmes, documentários, inquéritos e depoimentos.




As notícias sobre ambiente, num conceito alargado, publicadas nas páginas de jornais como a Ilustração Portuguesa ou o Expresso, têm a partir desta semana uma nova casa, em http://ecoline.ics.ul.pt.


O Observa, núcleo de investigação do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e do Instituto de Ciências Sociais (ICS), lançou na passada quinta-feira a Ecoline, uma base de dados gigante, de acesso livre, onde cabem notícias, mas também pequenos filmes, documentários e investigações publicadas.


Como seria a Praia da Rocha nos anos 50? E como era a produção de ostras no Sado na década de 60?


Luísa Schmidt, investigadora do Observa, explica que o projecto Ecoline é pioneiro no sentido em que inaugura uma abordagem histórico-social dos problemas ambientais e do modo como, ao longo do século XX foram tratados nos media e na investigação científica: "É a primeira vez, sobretudo na área das ciências sociais, onde há uma visão mais técnica, que se promove esta abordagem histórico-social, isso é inédito. E para além disso tratamos trabalhos de estatística, na área do ambiente, desde o século XIX, ou seja, desde que ela é feita", explica uma das responsáveis pelo projecto.


Para já a Ecoline terá notícias sobre ambiente, "no sentido alargado do termo", publicadas no Século Ilustrado, na Vida Mundial, Ilustração Portuguesa e Expresso. Na calha estão já outras publicações entre as quais o Público, cujas notícias já foram recolhidas, mas ainda não estão on-line porque falta organizar essa recolha, como explica Luísa Schmidt. Para a investigadora, reunir, numa só estrutura as notícias do século sobre ambiente, desde a florestação intensiva das serras do interior à campanha do trigo no Alentejo, as caçadas ao lobo, o ciclo da construção das barragens ou todas as marés negras que existiram, é um instrumento de trabalho único para quem se debruça sobre esta temática. "É uma tentativa de cobrir uma dimensão evolutiva, espacial, geográfica e temática, das questões ambientais", refere. "Pegamos na raiz dos problemas."
A Ecoline conta ainda com imagens cedidas pela RTP, infografias animadas e muitas imagens sobre as mais variadas temáticas. O projecto, que começou a ser construído há dois anos, é financiado pelo programa Pós-Conhecimento, pelo Instituto do Ambiente e pelo Instituto de Ciências Sociais e tem uma equipa de apenas seis pessoas, das quais Luísa Schmidt destaca Alberto Lopes, que define como o "cérebro do projecto", ou um "criativo informático", que possibilitou que esta base de dados nascesse.
6
"A VOZ DO ABADE" SAUDA A EQUIPA QUE DEU FORMA A ESTA BRILHANTE INICIATIVA. PARABÉNS E UM FELIZ NATAL

26/11/2006




NECRÓPOLE MEDIEVAL DO OITEIRO DA IGREJA

SALVADOR DO MONTE

AMARANTE
6
ALGUMAS IMAGENS DA NECRÓPOLE

À
ATENÇÃO
DA
CÂMARA MUNICIPAL
DE
AMARANTE
6
Para quando o estudo criterioso e completo do importante conjunto de sepulturas escavadas na rocha (antropomórficas) e do que resta de um templo de culto, no Oiteiro da Igreja em Salvador do Monte?
Será que vamos continuar a assistir à degradação ou morte lenta de tão importante Património Histórico?

16/11/2006







Cargas e Descargas na Cidade de Lisboa
Para quando o fim da bagunça?

Às horas de ponta marcam presença em diversos pontos da cidade, para atrapanhar e congestionar mais o trânsito, já de si caótico e indisciplinado. Sobem passeios, estacionam em segunda fila, descarregam em curvas e paragens de autocarros. Enfim, não importa quantos estão atrás. O remédio é esperar que suas excelências entreguem as mercadorias aos clientes e pachorentamente cheguem ao fim da rua.

Não é por falta de legislação que as coisas não funcionam. Falta, sobretudo, civismo a quem tem responsabilidades neste sector de actividade (empresas transportadoras e fornecedoras) e capacidade de actuação a quem tem responsabilidades na regulação e fiscalização desta área, presumo que a Câmara Municipal de Lisboa.

Não se pode admitir que esta actividade continue a processar-se, em horários de maior fluxo de trânsito, com manifesto prejuízo para todos quantos se dirigem para os seus empregos, cujo dever de bem cumprir e sentido de responsabilidade, não pode ser comprometido, a cada passo, por uns quantos que teimam em manter um sistema de distribuição, há muito banido nos restantes países europeus.

Pois é! Levantem o cuzinho mais cedo da cama e façam as descargas em período nocturno.

E quem recebe a mercadoria deve criar condições de recepção que permitam a quem fornece deixar a mercadoria a horas de menor fluxo de trânsito, em tempo oportuno e com segurança.

Meus amigos, lá fora é assim!

Do que é que estão à espera?


09/11/2006

DAR VOZ AOS PAROQUIANOS


6
6
6



CARTA ABERTA AO ENGENHEIRO
JOSÉ SÓCRATES



Esta é a terceira carta que lhe dirijo. As duas primeiras motivadas por um convite que formulou mas não honrou, ficaram descortesmente sem resposta. A forma escolhida para a presente é obviamente retórica e assenta NUM DIREITO QUE O SENHOR AINDA NÃO ELIMINOU: o de manifestar publicamente indignação perante a mentira e as opções injustas e erradas da governação.


Por acção e omissão, o Senhor deu uma boa achega à ideia, que ultimamente ganhou forma na sociedade portuguesa, segundo a qual os funcionários públicos seriam os responsáveis primeiros pelo descalabro das contas do Estado e pelos malefícios da nossa economia. Sendo a administração pública a própria imagem do Estado junto do cidadão comum, é quase masoquista o seu comportamento.


Desminta, se puder, o que passo a afirmar:


1.º Do Statics in Focus n.º 41/2004, produzido pelo departamento oficial de estatísticas da União Europeia, retira-se que a despesa portuguesa com os salários e benefícios sociais dos funcionários públicos é inferior à mesma despesa média dos restantes países da Zona Euro.


2.º Outra publicação da Comissão Europeia, L´Emploi en Europe 2003, permite comparar a percentagem dos empregados do Estado em relação à totalidade dos empregados de cada país da Europa dos 12. E o que vemos? Que em média nessa Europa 25,6 por cento dos empregados são empregados do Estado, enquanto em Portugal essa percentagem é de apenas 18 por cento. Ou seja, a mais baixa dos 12 países, com excepção da Espanha.
As ricas Dinamarca e Suécia têm quase o dobro, respectivamente 32 e 32,6 por cento. Se fosse directa a relação entre o peso da administração pública e o défice, como estaria o défice destes dois países?


3º. Um dos slogans mais usados é do peso das despesas da saúde. A insuspeita OCDE diz que na Europa dos 15 o gasto médio por habitante é de 1458. Em Portugal esse gasto é . 758. Todos os restantes países, com excepção da Grécia, gastam mais que nós. A França 2730, a Austria 2139, a Irlanda 1688, a Finlândia 1539, a Dinamarca 1799, etc.


Com o anterior não pretendo dizer que a administração pública é um poço de virtudes. Não é. Presta serviços que não justificam o dinheiro que consome. Particularmente na saúde, na educação e na justiça. É um santuário de burocracia, de ineficiência e de ineficácia. Mas infelizmente os mesmos paradigmas são transferíveis para o sector privado. Donde a questão não reside no maniqueísmo em que o Senhor e o seu ministro das Finanças caíram, lançando um perigoso anátema sobre o funcionalismo público. A questão reside em corrigir o que está mal, seja público, seja privado. A questão reside em fazer escolhas acertadas. O Senhor optou pelas piores. De entre muitas razões que o espaço não permite, deixe-me que lhe aponte duas:


1.º Sobre o sistema de reformas dos funcionários públicos têm-se dito barbaridades . Como é sabido, a taxa social sobre os salários cifra-se em 34,75 por cento (11 por cento pagos pelo trabalhador, 23,75 por cento pagos pelo patrão ).


OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS PAGAM OS SEUS 11 POR CENTO!.
Mas O SEU PATRÃO ESTADO NÃO ENTREGA MENSALMENTE À CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES, COMO LHE COMPETIA E EXIGE AOS DEMAIS EMPREGADORES, os seus 23,75 por cento.

E é assim que as "transferências" orçamentais assumem perante a opinião pública não esclarecida o odioso de serem formas de sugar os dinheiros públicos.


Por outro lado, todos os funcionários públicos que entraram ao serviço em Setembro de 1993 já verão a sua reforma ser calculada segundo os critérios aplicados aos restantes portugueses. Estamos a falar de quase metade dos activos. E o sistema estabilizará nessa base em pouco mais de uma década.


Mas o seu pior erro, Senhor Engenheiro, foi ter escolhido para artífice das iniquidades que subjazem á sua política o ministro Campos e Cunha, que não teve pruridos políticos, morais ou éticos por acumular aos seus 7.000 Euros de salário, os 8.000 de uma reforma conseguida aos 49 anos de idade e com 6 anos de serviço. E com a agravante de a obscena decisão legal que a suporta ter origem numa proposta de um colégio de que o próprio fazia parte.


2.º Quando escolheu aumentar os impostos, viu o défice e ignorou a economia. Foi ao arrepio do que se passa na Europa. A Finlândia dos seus encantos, baixou-os em 4 pontos percentuais, a Suécia em 3,3 e a Alemanha em 3,2.


Por outro lado, fala em austeridade de cátedra, e é apologista juntamente com o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, da implosão de uma torre ( Prédio Coutinho ) onde vivem mais de 300 pessoas. Quanto vão custar essas indemnizações, mais a indemnização milionária que pede o arquitecto que a construiu, além do derrube em si?


Por que não defende V. Exa a mesma implosão de uma outra torre, na Covilhã ( ver ' Correio da Manhã ' de 17/10/2005 ) , em tempos defendida pela Câmara, e que agora já não vai abaixo? Será porque o autor do projecto é o Arquitecto Fernando Pinto de Sousa, por acaso pai do Senhor Engenheiro, Primeiro Ministro deste país?


· Por que não optou por cobrar os 3,2 mil milhões de Euros que as empresas privadas devem à Segurança Social ?


· Por que não pôs em prática um plano para fazer a execução das dívidas fiscais pendentes nos tribunais Tributários e que somam 20 mil milhões de Euros ?


· Por que não actuou do lado dos benefícios fiscais que em 2004 significaram 1.000 milhões de Euros ?


· Por que não modificou o quadro legal que permite aos bancos, que duplicaram lucros em época recessiva, pagar apenas 13 por cento de impostos ?


· Por que não renovou a famigerada Reserva Fiscal de Investimento que permitiu à PT não pagar impostos pelos prejuízos que teve no Brasil, o que, por junto, representará cerca de 6.500 milhões de Euros de receita perdida ?



A Verdade e a Coragem foram atributos que Vossa Excelência invocou para se diferenciar dos seus opositores.



QUANDO SUBIU OS IMPOSTOS, QUE PERANTE MILHÕES DE PORTUGUESES GARANTIU QUE NÃO SUBIRIA,
FICÁMOS TODOS ESCLARECIDOS SOBRE A SUA VERDADE.



QUANDO ELEGEU OS DESEMPREGADOS , OS REFORMADOS E OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS COMO PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE COMBATE AO DÉFICE,
PERCEBEMOS DE QUE TEOR É A SUA CORAGEM


Santana Castilho (Professor Ensino Superior)








04/11/2006



AS BRONCAS CONTINUAM!

O Compadrio chegou às SCUTT?
6


Governo esconde o gato mas deixa o rabo de fora!
6
Onde está a transparência tão apregoada pelo Partido Socialista (enquanto oposição) e pelo Governo que actualmente sustenta?
6
A reviravolta espectacular do Governo (não acompanhada por alguns destacados elementos do Partido Socialista - Haja DEUS!) no dossier "SCUTT", vislumbrava alguma trapalhada nas Hostes Governamentais, sob a égide da Santa Contenção da Despesa Pública.
Eis que, repentinamente, num abrir e fechar de olhos, os nossos iluminados governantes, chegaram à conclusão que determinadas zonas do país, em apenas ano e meio, atingiram um patamar de desenvolvimento tal, que já não justifica a continuação da isenção de pagamento de portagens pela utilização das auto-estradas que as servem.
Afinal, o país vai de vento em popa! Ou será que pontualmente, para alguns, convém que seja assim?
6
Mas o pior, eventualmente, é o que apareceu nos últimos dias nos Jornais e que denota, no mínimo, alguma falta de transparência (aquela de que tanto falaram no passado). Para defesa da tão badalada reviravolta, o Governo teria encomendado estudos a uma empresa exterior ao Ministério das Obras Públicas, por forma a defender-se de eventuais críticas. Desta forma ardilosa, o Governo lavaria as mãos, passando a responsabilidade, pelos critérios utilizados, para a empresa que efectuou os estudos e que serviram de base à sua tomada de decisão.
6
Embora discutível politicamente, tudo parece bem até aqui. A embrulhada surge no momento em que se soube que um dos fundadores e principais sócios da empresa responsável pelos estudos transitara directamente desta para o gabinete do Secretário de Estado das Obras Públicas, obviamente, por obra e graça de alguém.
Paralelalmente, chega à praça pública a notícia de que os estudos haviam sido adjudicados sem concurso, recorrendo ao expediente de fazer a encomenda através do IEP - Instituto de Estradas de Portugal.
Com esta forma de fazer política vamos continuar a cimentar e a aprofundar o foço entre os políticos e os cidadãos e a abrir caminho, a curto ou médio prazo, a profundas desinteligências no seio da sociedade portuguesa.
6
Urge, por conseguinte que os responsáveis governamentais respondam a todas as questões inerentes a este nebuloso processo, para que tudo se torne mais claro aos olhos dos portugueses.
A terminar, faço minha e suponho que todos os portugueses idóneos o farão, a pergunta colocada num dos órgãos da imprensa escrita deste fim-de-semana - "Ao recorrer a propósito disto e daquilo a empresas de estudos, o Governo não estará apenas a tentar cobrir as decisões com uma capa de seriedade, ao mesmo tempo que dá trabalho a amigos e conhecidos?"
6
Aguardemos as explicações dos responsáveis...

24/10/2006




COM UM GOVERNO AUTISTA, A GREVE É INEVITÁVEL!


"Governo simula processo negocial

Administração Pública vai parar dias 9 e 10 de Novembro
O Governo prepara-se para terminar o processo de negociação colectiva como começou: sob o signo da imposição. Os sindicatos FESAP e os trabalhadores da Administração Pública não podem deixar de rejeitar claramente esta postura, completamente contrária ao que seria de esperar de um processo de negociação que se pretendia que fosse aberto e sério.
A negociação das matérias pecuniárias terminou com os mesmos valores com os quais começou.
Os aumentos propostos são perfeitamente irrisórios e inqualificáveis, resultando para os trabalhadores em mais um ano de perda de poder de compra!
Mantendo-se esta política de imposição, poderá chegar o dia em que o Governo vai querer dialogar com os trabalhadores e os trabalhadores não estarão disponíveis para dialogar com o Governo, responsabilizando-se pelo insucesso da Reforma da Administração Pública.
A política de salários, as alterações ao estatuto de aposentação, a criação de quadros de supranumerários, as alterações ao regime de descontos da ADSE e à justificação das faltas por doença, o congelamento das progressões nas carreiras ou a forma como está a tentar ser implementado o SIADAP, são apenas alguns dos motivos que estão a levar muitos trabalhadores
da Administração Pública a verdadeiras situações de absoluto desespero.
Hoje, face aos sucessivos ataques que têm sofrido ao longo dos últimos anos, intensificados através das medidas recentemente tomadas e da forma como o Governo conduziu o processo negocial para 2007, no qual simplesmente optou pela via da imposição, descurando por completo
sequer a hipótese de apresentação de contrapropostas pelos sindicatos, não resta aos trabalhadores outra hipótese senão a de demonstrarem de forma mais concisa o seu cada vez maior descontentamento.
Não obstante manter a sua posição de abertura negocial de sempre face às matérias sobre as quais o Governo queira abrir um processo de efectiva negociação, os sindicatos FESAP, em sintonia com os trabalhadores e conjuntamente com os restantes sindicatos do sector, convoca uma Greve Nacional da Administração Pública para os próximos dias 9 e 10 de Novembro, demonstrando assim ao Governo que não pode de forma alguma manter uma política que privilegia a imposição e o afastamento entre quem toma as decisões e quem por elas é mais afectado. "

18/10/2006



"Estão mexendo nos nossos bolsos!
Aumento de 15,7% das tarifas da Electricidade?"

Secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação perde a lucidez e declara que - "a culpa" do aumento de 15,7 por cento da electricidade para os consumidores domésticos em 2007 é do consumidor, porque esteve vários anos a pagar menos do que devia.

Começa a adivinhar-se para onde caminha este país!

A VOZ DOS PAROQUIANOS


"OH CAVACO OLHÁ CORRUPÇÃO DE ESTADO!!!"


O anúncio de aumento da electricidade é altamente gravoso para o povo, nada que preocupe o Governo PS.

O anunciado aumento da electricidade não é o que parece, nem o que o presidente da ERSE Jorge Vasconcelos diz, na qualidade de funcionário do Governo PS.

O Governo PS anunciou que pretende privatizar em 2007, cerca de 20% da REN e parte substancial da EDP. Já tinham tentado vender em 2006, mas os espanhóis disseram que só compravam se o Governo aumentasse prévia e substancialmente o preço da electricidade, já uma das mais caras da Europa.

A EDP em 2005 apresentou os maiores lucros de sempre, ou seja, 910 milhões de euros (mais de cento e oitenta milhões de contos) e distribuiu os maiores dividendos da sua história, sob a batuta do Talone, ex-BCP, que foi corrido por não alinhar…

Pina Moura, ex-comunista, ex-ministro de Guterres, ex-tudo, devido à sua grande e reconhecida experiência empresarial, foi contratado pela espanhola Iberdrola Portugal, para ser seu presidente, empresa interessada na compra da EDP.

Pina Moura despudoradamente e com o apoio dos líderes do PS, manteve o "tacho" de deputado, não pelo "graveto" que para ele são trocos, mas para servir a Nação, mantendo um relacionamento e influência de que necessita, para servir a quem lhe paga.

Vai daí o Governo, respondendo aos interesses estrangeiros, e duma entidade fantoche, a ERSE, anunciou um aumentozeco de 15,7% para os consumidores mais pobres, alegando a nova legislação liberalizadora, o aumento do preço do petróleo, inflação e energias renováveis. Perceberam?

Oh Cavaco, como é que é possível o Pina Moura, depois de ministro passar a presidente da espanhola Iberdrola e manter-se como deputado? Faz qualquer coisa que o PS está enredado e revela-se incapaz. Mete-os na ordem e manda lá o Pinto Monteiro investigar isto, quem defende os interesses de quem?

Quem defende os interesses de Portugal e dos portugueses?

É só a subir.

2006-10-17 – Correio da Manhã
Electricidade - entidade reguladora apresenta proposta para 2007

Conta da luz sobe 15,7%


As famílias portuguesas vão pagar mais 15,7 por cento na factura da electricidade a partir de 1 de Janeiro de 2007.
Esta é a proposta da entidade reguladora do sector (ERSE).
Em termos práticos, numa conta mensal de 100 euros o consumidor vai passar a desembolsar 115,7 euros.
Esta actualização dos preços deve-se, segundo a ERSE, a três ordens de razão: o aumento das tarifas de energia eléctrica limitado à taxa de inflação, a subida do preço do petróleo e a alteração legislativa do regime especial das energias renováveis.
De acordo com a proposta da entidade reguladora, o aumento global do preço da luz (consumidores domésticos, empresas e indústria) é de 12,4 por cento.
As empresas e indústria vão suportar aumentos médios de 7,8 por cento. Neste grupo, a indústria será a mais penalizada, com uma subida na ordem dos 9,3 por cento. A autoridade do sector eléctrico diz que os consumidores domésticos vão pagar, em média, 14,4 por cento.No entanto, a maior factura (15,7%) vai recair sobre as famílias que consomem menos de 20 kVA (kilo volts ampere), ou seja, 97,4 por cento dos consumidores domésticos. Os consumidores domésticos cujo consumo ascende os 20 kVA vão pagar mais 8,9 por cento.
Esta proposta, para as tarifas de electricidade de 2007, segue agora para o Conselho Tarifário (composto pelos vários operadores em Portugal) que deverá emitir um parecer até 15 de Novembro. A ERSE procederá, depois, à aprovação dos valores finais.
DÉFICE PAGO A PRESTAÇÕES
O aumento das tarifas limitado à taxa de inflação e a subida do preço do petróleo – que fez disparar os custos de produção e comercialização de electricidade – aliados à mudança no regime especial das fontes de energias renováveis, geraram um défice de 399 milhões de euros, mais juros, a ser reposto já a partir de 2007. Para tal a proposta da ERSE define que o montante do défice a eliminar no próximo ano é de 132 milhões de euros, ou seja, 33 por cento do montante total. Nos anos seguintes ficam por recuperar 264 milhões de euros (valores actualizados para 2007). A subsidiação dos consumidores em baixa tensão aos restantes consumidores será de 19 milhões de euros, lê-se no comunicado da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
O QUE JÁ MUDOU
LIBERALIZAÇÃO
A 4 de Setembro último o mercado de electricidade ficou totalmente liberalizado, com o sector dos consumidores domésticos a ficar disponível para a entrada de novos comercializadores. Porém, ainda nenhuma empresa entrou na corrida neste mercado.
CONCORRÊNCIA
No final de 2005, cerca de 13 000 clientes, representando aproximadamente 21 por cento do consumo total nacional, tinham já optado por fornecedores alternativos.
NOVO TARIFÁRIO 5D
A EDP lançou, a 1 de Setembro, o tarifário 5D dirigido a consumidores com uma potência contratada superior a 6,9 kVA (kilovolts/ampere), o que deixa de fora quase cinco milhões de consumidores. Cinco mil clientes já aderiram a este tarifário.
MAIS RENOVÁVEIS
Cerca de 1,8 pontos percentuais do aumento da electricidade deve-se aos sobrecustos das energias renováveis. Os clientes domésticos vão pagar a quase totalidade dos sobrecustos com esta energia.
Ana Rita Estrompa

11/10/2006


Espreitando o Jornal PÚBLICO





"Estudo do MAI propõe extinção das brigadas de Trânsito e Fiscal 10.10.2006 - José Bento Amaro PÚBLICO "



Comentário do Abade:
"Esta notícia não me surpreende. Estudos e levantamentos da situação já não são actos originais, isto é, têm vindo a decorrer, sempre que a conjuntura o justifica ou as políticas a tal obrigam. O que me causa alguns arrepios e alguma admiração é que avancem com planos ou esquemas de reestruturação, sugeridos por quem quer que seja, sem que, eventualmente, se meçam os custos de transição – financeiros, sociais, culturais e sobretudo os operacionais. Não caiam na tentação de cortar, anexar, eliminar ou criar, baseando-se unicamente em modelos teóricos, sem atender às realidades e especificidades do território, das populações e das dinâmicas socioculturais.

É imprescindível que se proceda a alterações organizacionais, que acompanhem a evolução das realidades e se entrecruzem com as expectativas legítimas das populações. Todavia, é sempre de recear que se opte por caminhos tortuosos, ao arrepio, direi até involuntário, das razões essenciais, e mais uma vez se coloquem os factores financeiros ou os famigerados deficits, como justificação primeira das alterações a levar a efeito, daí podendo resultar, na ânsia do corta/corta, uma estrutura amorfa e histerectomizada, sem capacidade operacional.

É urgente que se faça alguma coisa, mas com pés e cabeça, que tenha em atenção os custos inerentes, incluindo, obviamente, os financeiros, mas, sobretudo, que possa responder eficazmente às preocupações e expectativas dos cidadãos. "

08/10/2006
















"Poupar na Farinha e gastar no Farelo"

Pois é, meus amigos. Pagar os sacos de plástico não me provoca admiração. O que me provoca admiração é que cada um de nós faça publicidade às marcas e estas ainda cobrem uns cêntimos, a quem necessite de uns quantos sacos, para transportar o que acabou de comprar.

As cadeias de supermercados Lidl e Minipreço são exemplo do que acabo de dizer. Vendem sacos a quem precisar (todos nós - porque ninguém vai levar o que comprou nos bolsos e nem sempre está disponível uma ou outra caixa de cartão), e ainda por cima com publicidade à própria marca.

Se não querem oferecer sacos para as compras, como fazem outras cadeias de supermercados de referência, vendam-nos, mas sem publicidade. Sejam sérios e não levem, porventura, os consumidores a poupar na farinha e a gastar muito mais no farelo.

Voltarei a este tema mais tarde, para uma eventual análise jurídica sobre a regularidade ou irregularidade deste tipo de publicidade, em que o público consumidor colabora quase sem se aperceber.

05/10/2006





"Só 1,5% de aumento salarial para a Administração Pública, em 2007?"

"Os Donalds da Administração Pública deste país começam a ficar fartos da obrigação de servir de exemplo ou de contribuir para a eliminação das borradas e verborreias dos políticos iluminados.

Com que direito se impõe à Administração Pública um conjunto de mecanismos reguladores e orientadores da sua actividade, visando uma gestão mais eficiente, eficaz e equilibrada, quando na prática, os decisores e seus apaniguados colaboradores continuam a não abdicar de gastos supérfluos - aquisição de novas viaturas, viagens porventura desnecessárias ou não prioritárias, alterações contínuas do mobiliário dos gabinetes, despesas de representação, reforço constante dos fundos de maneio dos gabinetes, despesas exorbitantes aos fins-de-semana com motoristas e guarda pessoal.

Por outro lado, quem é que engrossou a Administração Pública e continua a engrossar? Os sucessivos governos deste país, com particular expressão, no que toca aos socialistas, que têm uma especial apetência pelo poder e pela ocupação de lugares públicos. As entradas continuam e só não é posta em prática mais uma regularização dos chamados precários(mais conhecida por DL 81-A...) porque a situação é demasiado grave e visível que não dá para entrar pela porta das facilidades. A saída mais transparente e séria, seria o recurso a concurso externo que permitiria que os candidatos não bafejados pelos ares politicopartidários tivessem iguais oportunidades e pudessem concorrer com os gordalhudos da conjuntura."

Os Donalds da Administração Pública

22/09/2006

É verdade! Não está a ver mal!

Efectivamente, é o Ministro da Saúde, Correia de Campos, pouco tempo depois de ter sido acometido do "Sindroma Agudo da Taxa"!


Causas da maleita - crónicodoentios, hipocondríacos, internadodependentes, cirurgicomasoquistas, etc.

Sintomas visíveis - Ar distante, coloração rosada (sinónimo de insegurança), apatia social, perda de bom senso, teimosia, etc.

Efeitos a curto prazo - As intervenções cirúrgicas e os internamentos hospitalares passam a estar sujeitos a requerimento ao Ministro das Finanças, depois de ouvida a Comissão de Análise das Propostas (a criar no âmbito do Ministério da Saúde) sobre o cabimento dos mesmos.

Admirem-se!

Senhor Ministro, já não há pachorra! Não parta do princípio que são todos mausinhos! Não se esqueça que também faz parte desse todo!

"Quem avisa, amigo é"! O Abade não foge ao ditado!

10/09/2006


Então, Senhor Ministro Manuel Pinho, a 212 quilómetros/hora na Auto-Estrada!

Belo exemplo!

Pôs de parte o ditado - "Devagar se vai ao longe" e optou pelo - "Olha para o que eu digo não olhes para o que eu faço"!

Os Portugueses aguardam as suas explicações!

20/08/2006


Pasmem, meus amigos, a PT, imbuída do mais profundo sentimento de solidariedade social, ofereceu ao jovem pastor Nuno Filipe, um kit da Net Cabo.
Espantosa atitude.

Do site da TVCabo retirámos o pequeno texto que se segue - "Chama-se Nuno Filipe, tem 17 anos, vive em Soutelinho do Mesio, guarda um rebanho de 500 cabras que vão com ele para todo o lado que só larga para ir à escola, e é o protagonista do anúncio Netcabo. Nos intervalos, senta-se ao computador e com a ajuda da Internet viaja para todo o lado. Fala com o irmão que está nos Estados Unidos, troca jpegs, mpegs, mp3 e escreve em blogues. O Nuno continua a ser o único jovem da sua aldeia."

Pois é, através deste elucidativo texto fiquei a saber (isto para quem não ocupa regularmente um lugar à frente de um qualquer televisor) que o Nuno Filipe é o protagonista do anúncio Netcabo da Portugal Telecom.

Inicialmente pensei que os objectivos da PT fossem puramente comerciais. Mas analisando melhor, retirei esta minha preocupação. Afinal que mais valia poderia a Net Cabo vislumbrar num jovem puro e inocente dum recôndito lugarejo? Pensando melhor, o que se pretendeu foi ajudar um jovem solitário preso à sua aldeia a sonhar com um futuro diferente. Bonita iniciativa!

Mas, esperem lá! A Net Cabo voltou a Soutelinho do Mesio para preparar uma Campanha Publicitária em que o protagonista é o próprio Nuno Filipe. Voltaram as minhas dúvidas.

Afinal a PT descobriu um furo e o jovem pastor é a água saciadora da sua sede! Estarei enganado? Talvez! Mas enquanto não voltarem lá e contribuirem desinteressadamente para a melhoria das condições de vida daquela família e região, de uma forma equilibrada, conciliando interesses económicos e comerciais com atitudes sociais e educacionais, as preocupações não se dissiparão.

Afinal de contas, onde param as tão badaladas responsabilidades sociais das empresas? Será que a facturação justifica a utilização de todos os meios, nomeadamente o uso de pessoas mais carentes e incautas a troco de uns míseros kits ou trocos e do acenar de um sonho ali tão perto, à distância de um monitor de TV ou terminal de Internet?

É impressionante verificar até onde vão as estratégias publicitárias!


Uma coisa é certa - "É PRECISO TER LATA!"


15/08/2006



A MONTANHA PODERÁ PARIR UM RATO



O IPJ parece não resistir ao fascínio da política espectáculo. A abertura prevista de mais 36 Lojas Ponto JÁ no território continental, duas em cada distrito, parece configurar uma vontade especial de trilhar os caminhos do espectáculo, cuja única preocupação é o acto em si e não a substância. Para quê abrir mais lojas se nada está feito em matéria de informação sobre áreas transversais à juventude. Será que o intuito é fomentar unicamente espaços de lazer e entretenimento, onde os jovens podem aceder à Internet livremente, como num vulgar Cibercentro? Se é isso, estão no bom caminho. A avaliar pela frequência registada nos espaços existentes, onde a informação disponibilizada é diminuta, resumindo-se às áreas institucionais e os acessos à Internet representam mais de dois terços das pretensões dos jovens utentes, vislumbra-se, mais uma vez, um fracasso monumental. Alguns senhores teimam em apostar na repetição de actos políticos aberrantes das nossas governações recentes. Se os erros do passado não serviram para inverter ou corrigir trajectórias, poder-se-á concluir que continuamos a ser governados por masoquistas e carreiristas da politiquice, cujo único objectivo é a salvaguarda do seu status e correspondentes mordomices. Num país em que a mediocridade é rainha, a política do faz de conta continua a ter seguidores e praticantes fieis. Até quando?