15/08/2006



A MONTANHA PODERÁ PARIR UM RATO



O IPJ parece não resistir ao fascínio da política espectáculo. A abertura prevista de mais 36 Lojas Ponto JÁ no território continental, duas em cada distrito, parece configurar uma vontade especial de trilhar os caminhos do espectáculo, cuja única preocupação é o acto em si e não a substância. Para quê abrir mais lojas se nada está feito em matéria de informação sobre áreas transversais à juventude. Será que o intuito é fomentar unicamente espaços de lazer e entretenimento, onde os jovens podem aceder à Internet livremente, como num vulgar Cibercentro? Se é isso, estão no bom caminho. A avaliar pela frequência registada nos espaços existentes, onde a informação disponibilizada é diminuta, resumindo-se às áreas institucionais e os acessos à Internet representam mais de dois terços das pretensões dos jovens utentes, vislumbra-se, mais uma vez, um fracasso monumental. Alguns senhores teimam em apostar na repetição de actos políticos aberrantes das nossas governações recentes. Se os erros do passado não serviram para inverter ou corrigir trajectórias, poder-se-á concluir que continuamos a ser governados por masoquistas e carreiristas da politiquice, cujo único objectivo é a salvaguarda do seu status e correspondentes mordomices. Num país em que a mediocridade é rainha, a política do faz de conta continua a ter seguidores e praticantes fieis. Até quando?