19/08/2003

A paz esteja convosco, caríssimos paroquianos!

As modernices da informática e das comunicações, ou como hoje em dia é bonito dizer-se, os novos sistemas e tecnologias de informação, a pouco e pouco estão entrando nos meus hábitos. Não tem sido fácil, mas a minha paciência de abade e a minha entrega total ao bem-estar da comunidade, tornam as coisas mais fáceis.

Até breve!

18/08/2003

O FOGO DAS PALAVRAS


Assistimos nas últimas semanas a um espectáculo de contínuos e provocados vómitos de opiniões circunstanciais, àcerca da actuação e desempenho dos inúmeros agentes que combateram os fogos que assolaram o nosso país.

As situações de fragilidade emocional propiciaram (particularmente na primeira semana de incêndios) a exteriorização de algumas vocações filosóficas por parte de alguns políticos e outros tantos estagiários, bem patentes nas vociferações opinativas e pseudo-técnicas, sobre as metodologias e estratégias de execução dos planos de ataque aos incêndios e as formas de minimizar as sequelas daí resultantes.

Todos temos o direito à livre opinião, mas também o dever de sermos responsáveis e sérios na análise das situações, particularmente em situações como a que acabamos de viver, moderando os nossos discursos e a forma agressiva como nos expressamos, por forma a não perturbarmos, por um lado, o trabalho abnegado e corajoso de todos os intervenientes na luta desigual contra os fogos, e por outro lado, o equilibrío emocional e a serenidade necessária das populações que nos ouvem.

O combate político não pode nem deve passar por atitudes como as que tivemos a oportunidade de assistir por parte de alguns políticos que cedem a tentações de criticar tudo e todos, não no sentido de construir algo diferente e melhor, apresentando alternativas credíveis e sérias, mas tão somente vilipendiando tudo o que está sendo feito.

Meus senhores, não há planos infalíveis nem remédios milagrosos, particularmente, quando se lida com um conjunto de factores imponderáveis e de difícil ou impossível mensuração.

Sejam exemplo de bom senso e de serenidade, e não cedam à tentação fácil de fazer baixa política.

A mudança de processos, de atitudes e de mentalidades, ou como já é comum dizer-se, a reengenharia organizacional, deve começar por vós. Pensem nisso!